A arte chega ao corpo devagar, engatinhando. Uma cor de tinta no dedo, textura de livro na mão, gosto de papel na boca… De repente aparece na barriga ou na testa um rabisquinho. Ela caminha assim, passeando por todo o corpo da criança. Ela colore o mundo da criança e a criança colore o mundo da arte. Para o mundo continuar brilhando e não entristecer. Para o corpo não enrijecer e continuar criando… E para o adulto, vale a lembrança. A arte continua sempre. Deixa ela ficar! Porque além do corpo, a arte vive na alma. E junto com ela a infância e a sua criança, que sempre foi e será, de novo e de novo, você!
Milene Brizeno Chalfum
(professora de Arte na escola até 2017)